Caros/caras Colegas
Segundo o que me parece o mais adequado, optei
por compor um texto no qual a voz de todos nós entrasse em uníssono e demonstrássemos
que estamos todos enredados pela mesma teia do conhecimento, da busca e da
exposição de ideias que se constituem, em um todo harmônico e, de sentido.
Para complementar nossa
participação acrescento uma reflexão que já é consenso de que a educação deve
ajudar a construir o desenvolvimento integral dos cidadãos de modo que estes se
reconheçam como sujeitos sociais. Reconhecer a importância entre o ato de
ensinar e a pertença do estudante a um contexto social no qual ele vive,
interage e, desta mesma realidade recebe interferências, é uma questão
fundamental. O foco do ato educativo deve também levar em conta o modo como os
estudantes recordam e pensam sobre a informação que recebem e, assim, facultar
um processo de aprendizagem significativa que leve em conta a capacidade
cognitiva, mas, também as relações entre o individuo e o meio.
Escolhemos para esta reflexão,
o texto de Ausubel, mas, lembramos de que a ele devemos agregar conhecimentos
teóricos que estão ligadas ao construtivismo para qual contribuíram além de
Ausubel os teóricos Piaget, Vygotsy e Bruner.
A teoria construtivista da
aprendizagem reconhece que os estudantes são agentes ativos que se comprometem
com a construção do seu próprio conhecimento, integrando a nova informação ao
conhecimento que já possuíam representando a informação de modo significativo. A
abordagem construtivista leva os envolvidos no processo educativo a compreenderem
como a aprendizagem pode ser facilitada através da realização de atividades
atraentes e que tenham sentido ao estudante.
Segundo Gardner 2000, uma
forma de integrar os princípios construtivistas, no cotidiano das salas de
aula, é através da realização de projetos que envolvam a observação da vida extraescolar,
propiciando aos estudantes a oportunidade de organizarem conceitos e
habilidades previamente estabelecidas, utilizando-os ao serviço de um novo
objetivo ou de uma determinada ação.
Para que o processo
educativo, sob o enfoque da aprendizagem significativa e construtivista se
efetive torna-se fundamental desenvolver aulas nas quais a participação ativa
do estudante, em processos colaborativos, compartilhados e discutidos seja uma
constante, de modo que haja criação, significação e uma compreensão maior da
realidade, que se apresentará em forma de conhecimento novo.
Temos a certeza que somente o conhecimento das teorias citadas,
bem como a simples introdução de novas tecnologias na escola não é remédio
miraculoso para os problemas que afetam o ensino. Recordamos, também, que existência
de diferentes posturas teóricas sobre um mesmo objeto de conhecimento gerando ação-reação,
deve sempre estar baseada em um processo de reflexão fundamentado criticamente.
Assim, percebo que nesta caminhada que se inicia com nosso
projeto de Intervenção Didático-pedagógica na Escola Estadual Irmão Isidoro
Dumont- Ensino Fundamental, estaremos dando seguimento a muitas outras reflexões
já propostas por colegas, no decorrer dos anos de trabalho e atuação
pedagógica. Prova disto é o texto que se segue, tecido pelas inferências de
todos os nossos colegas professores, aos quais desde já agradecemos a
participação intensa, motivadora e interessante:
A concepção de ensino e
aprendizagem de Ausubel considera a história do aluno como ponto de partida
propondo ao professor ampliar, criar e reconfigurar ideia já existente na
estrutura mental do estudante. Com isso, ele será capaz de relacionar e
acessar outros conhecimentos criando situações favoráveis à aprendizagem
dando significado ao objeto de estudo. Portanto, a proposta é ensinar a
partir daquilo que o aluno já sabe oferecendo condições para a efetiva
compreensão do saber. (NEIVA 2013)
A aprendizagem de Ausebel, para o
contexto escolar, leva em conta a história do sujeito e ressalta o papel dos
docentes na ação de situações que favoreçam a aprendizagem. (NADIR 2013).
Devemos assim resgatar nos nossos
alunos suas habilidades e seus interesses para alcançarmos nossos objetivos.
(ROSALINA 2013).
Somos sabedores que a aprendizagem
só se torna significativa quando os novos conteúdos estabelecerem relação com
os conhecimentos já adquiridos, caso contrário essa aprendizagem ocorre
mecanicamente, visando apenas às provas avaliativas e por consequência, o
esquecimento. (ANDREIA 2013).
Quando o material a ser aprendido
não consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chamou de
aprendizagem mecânica A motivação para ele é crescente no momento em que o
aluno conhece os objetivos do ensino, que devem ser claros e relacionados com
o imediato. Para ele, motivação é a própria aprendizagem. (ELIANE 2013).
A teoria de Ausubel propõe que os conhecimentos
prévios dos educandos sejam valorizados para que possam construir
estruturas mentais, utilizando-os como meios, que permitam descobrir e
redescobrir outro conhecimento, caracterizando assim uma aprendizagem
prazerosa e eficaz. (ERONITA 2013).
O educador deve assumir a
responsabilidade por fazer a ponte entre a abstração e a praticidade. (GENI
2013).
A construção da aprendizagem
Significativa, para ocorrer plenamente, se faz necessário muitas vezes uma
reforma de currículo, para se criar situações favoráveis ao processo do
aprendizado. (JAIME 2013).
Quanto mais um conteúdo se
relacionar com algo substancial, que o interesse, e não algo arbitrário, mais
rápida e consistente será esse aprendizado. ...(LIRIO 2013) ‘.
Portanto, compreende-se que o
professor é “ferramenta” fundamental desse processo. Devendo ser apaixonado
pela sua área de conhecimento, podendo encantar, fazendo articulações,
mediações com os conteúdos e mesmo um vinculo harmonioso com seus educandos.
. (HELENA 2013)
Nunca estivemos tão diante da
necessidade de criar, construir, mudar e redimensionar quanto nos encontramos
na era atual. Segundo Ausubel, na aprendizagem o conhecimento se adquire de
maneira significativa, aumentando a capacidade de aprender outros conteúdos de
maneira mais fácil, simplificando o aprendizado. (DEONILVA, 2013)
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS E SUGESTÕES PARA LEITURA
1.AUSUBEL,
David Paul, Novak, Joseph e Hanesian, Helen. Psicologia Educacional, Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
2.BRUNER, Jerome. Uma nova teoria de Aprendizagem. Rio, Bloch; Brasilias, INL,
1975.
3.FIALHO, Francisco ª P. Introdução ao estudo da Consciência. Curitiba:
Gêneses, 1998.
4.FOSNOT, C.T. Construtivismo e educação. Lisboa:Instituto Piaget.1999.
5.GARDNER, H. Estruturas da Mente: A teoria das Inteligências Múltiplas. Porto
Alegre: Artes Médicas Sul 1994. In: Inteligência : Um Conceito reformulado. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2000.
6.PIAGET, J. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar.
1978.
7.VYGOTSKY, L.S.A> A formação social da mente. 6? edição. São Paulo: Martins
Fontes. 1998.